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terça-feira, 15 de julho de 2014

Logística - A logística na Administração Pública

A logística na Administração Pública

Jorge Luciano
Está mais que comprovado que atualmente, devido ao advento da globalização, a competição entre as corporações é cada vez mais acirrada. O aumento das demandas dos clientes por níveis de serviços mais elevados leva as organizações a adotarem sistemas e processos mais eficazes e eficientes, que possam obter ganhos e representar vantagens para a sobrevivência das empresas. Diante deste cenário, a Logística Empresarial, outrora encarada como um simples centro gerador de custos, assume um papel de extrema importância, quer seja na administração privada, quer seja na administração pública, passando a ser gerida como centro gerador de resultados. Segundo o Council of Supply Chain Management (Conselho de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos), Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. Se pararmos para pensar, o conceito nos remete tanto a esfera privada quanto a pública, visto que esta também possui o seu fluxo de suprimentos. Porém, é correto afirmar que suas operações diferem das operações de empresas privadas, visto que uma busca incessantemente a lucratividade, e a outra busca um reconhecimento da população, que paga os tributos e impostos necessários à manutenção do serviço público, através de uma maior transparência em seus processos. As organizações públicas ainda carecem de uma profissionalização nesta ciência. Implementar tarefas que maximizem os processos logísticos na esfera pública e controlá-las não é tão complexo como se parece, entretanto exige um conhecimento que deve estar alinhado aos conceitos existentes na esfera privada à realidade e operacionalidade da esfera pública. Prover o abastecimento de materiais no lugar certo, na hora certa e na quantidade certa requer uma dose de planejamento alinhado aos parâmetros legais e culturais vivenciados nas organizações públicas. Hoje, devido aos avanços da tecnologia, ferramentas como Leilão Reverso, Pregão Eletrônico, entre outros, reduzem significativamente o tempo nas operações de aquisição, trazem ganhos e não deixam de evidenciar a transparência necessária aos processos. Outro ponto é a contratação de operadores logísticos bem estruturados. Já existem empresas deste porte, especializadas na gestão de processos logísticos que envolvem desde as operações de armazenagem até as operações de distribuição física dos materiais, mas este é tema para outro assunto: Terceirização. O uso de indicadores de gestão, também é uma importante ferramenta que pode ser utilizada para implementação e gerenciamento dos processos logísticos na organização pública. Os índices não serão iguais aos praticados pelo mercado de empresas privadas, visto que a realidade é outra, mas ajuda na eficácia e eficiência das operações. Por fim, ajustar as operações logísticas nas organizações públicas não é um “bicho de sete cabeças” e pode ser executado sem ferir os preceitos exigidos na legislação pertinente, necessita-se apenas de um bom planejamento e de um pouco de criatividade.

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