Mercado de logística cresce junto com as necessidades do país
Com oportunidades em diversos setores, profissional da área pode ganhar de R$ 2,5 mil a R$ 6 mil por mês.
Com mente aberta para mudanças, visão estratégica de negócio e capacidade de driblar imprevistos, o profissional formado em Logística pode ganhar de R$ 2,5 mil a R$ 6 mil por mês. E mais: “Dependendo da empresa, cargos de alto escalão, como diretoria, oferecem de R$ 10 mil a R$ 25 mil”, diz o professor Alex Pipkin, coordenador do MBA em Logística da Unisinos.
A realidade do país oferece oportunidades em diversos setores. “A logística engloba compras, suprimentos, gestão de materiais, transporte e armazenagem, tanto em nível doméstico, quanto internacional”, destaca. De acordo com Alex, a área de serviços concentra algo em torno de 40% da demanda. “Os serviços têm crescido bastante em função das necessidades do mercado.” Em segundo lugar, vem a indústria, com 30% das ofertas de emprego. Há, ainda, vagas no comércio e na educação.
Para o professor Rafael Bassani, coordenador da Graduação em Logística da Unisinos, o papel do profissional formado é o da gestão. “Ele irá atuar na logística de empresas industriais e comerciais, de pequeno, médio e grande porte. Como exemplo, podem ser citados: prestadores de serviços logísticos, agências de navegação, transportadores rodoviários, armadores, companhias aéreas, operadores logísticos, armazéns alfandegados, operadores portuários e empresas de consultoria”.
No Brasil, a logística começou a florescer nos anos 1990. Hoje, o mercado carece de profissionais capazes de conciliar o conhecimento das ferramentas técnicas com a visão de negócio. “Por se tratar de função integradora, penso que é preciso que as organizações passem a ter mais posições estratégicas para os profissionais da área”, observa Alex.
Por função integradora, o professor compreende toda a série de processos que interligam os personagens da cadeia de suprimentos, desde os fornecedores até os consumidores finais. Em outras palavras, o exato percurso no qual o profissional de logística atua.
Área em crescimentoA logística vem evoluindo bastante, sobretudo na iniciativa privada, por meio da aplicação dos conceitos técnicos aliados aos avanços da tecnologia da informação. “Contudo, o Brasil apresenta uma situação bastante defasada e carente em nível de infraestrutura, o que encarece muito os produtos finais”, pontua Alex.
O resultado pesa no bolso – e na paciência – de quem compra de fora. “Nós possuímos uma das maiores cargas tributárias encontradas atualmente”, frisa o professor Rafael. De acordo com Alex, impostos existem em qualquer lugar, acontece que, no Brasil, eles são cumulativos, em cascata, e incidem sobre a mesma base, o que não ocorre em outros países.
Aqui, a situação se repete em diferentes públicos. “O consumidor final compra, porque adquire produtos diferenciados a um custo menor que no Brasil. Já na indústria, há uma série de questões, tais como as políticas de compras das transnacionais, o problema da falta de oferta, os custos dos insumos mais baixos no exterior e, em alguns casos, a melhor qualidade de alguns itens”, explica Alex.
Ainda assim, vale a pena investir na logística? Tudo indica que sim. “Há uma demanda crescente para essa área, e existe mais oportunidade do que especialista”, defende o professor Rafael. “As organizações estão sempre buscando gente qualificada e capacitada.”
Outra qualidade valorizada pelo mercado consiste na propensão ao aumento da competitividade corporativa. “A ideia é criar um valor superior para as organizações por meio de serviços superiores”, esclarece Alex. Só que, para fazer a empresa crescer, o profissional precisa, antes de tudo, investir em si próprio.
Na hora de contratar, a instituição busca alguém que domine os fundamentos da logística de forma sistêmica, compreendendo as inter-relações e a interdependência inerentes à cadeia de suprimentos. “O candidato precisa de sólida formação instrumental para o desenvolvimento de soluções, bons conhecimentos de gestão para planejar, organizar, dirigir e controlar a ação logística”, pontua Rafael. “Além de ser dinâmico e ter postura proativa e ética.”
Por fim, falar outra língua, principalmente inglês, é essencial. Lembrando que “o salário é definido pela qualificação profissional”, como afirma o professor Rafael. “Conhecimento técnico, idioma, cursos de qualificação, tempo de atuação na área e empresas por onde já passou definem a perspectiva financeira na carreira.”
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