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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Mercado de logística cresce junto com as necessidades do país

Mercado de logística cresce junto com as necessidades do país

Com oportunidades em diversos setores, profissional da área pode ganhar de R$ 2,5 mil a R$ 6 mil por mês.

SXC.HUÁrea de serviços concentra 40% da demanda de profissionais do mercado
Com mente aberta para mudanças, visão estratégica de negócio e capacidade de driblar imprevistos, o profissional formado em Logística pode ganhar de R$ 2,5 mil a R$ 6 mil por mês. E mais: “Dependendo da empresa, cargos de alto escalão, como diretoria, oferecem de R$ 10 mil a R$ 25 mil”, diz o professor Alex Pipkin, coordenador do MBA em Logística da Unisinos.
A realidade do país oferece oportunidades em diversos setores. “A logística engloba compras, suprimentos, gestão de materiais, transporte e armazenagem, tanto em nível doméstico, quanto internacional”, destaca. De acordo com Alex, a área de serviços concentra algo em torno de 40% da demanda. “Os serviços têm crescido bastante em função das necessidades do mercado.” Em segundo lugar, vem a indústria, com 30% das ofertas de emprego. Há, ainda, vagas no comércio e na educação.
Para o professor Rafael Bassani, coordenador da Graduação em Logística da Unisinos, o papel do profissional formado é o da gestão. “Ele irá atuar na logística de empresas industriais e comerciais, de pequeno, médio e grande porte. Como exemplo, podem ser citados: prestadores de serviços logísticos, agências de navegação, transportadores rodoviários, armadores, companhias aéreas, operadores logísticos, armazéns alfandegados, operadores portuários e empresas de consultoria”.
No Brasil, a logística começou a florescer nos anos 1990. Hoje, o mercado carece de profissionais capazes de conciliar o conhecimento das ferramentas técnicas com a visão de negócio. “Por se tratar de função integradora, penso que é preciso que as organizações passem a ter mais posições estratégicas para os profissionais da área”, observa Alex.
Por função integradora, o professor compreende toda a série de processos que interligam os personagens da cadeia de suprimentos, desde os fornecedores até os consumidores finais. Em outras palavras, o exato percurso no qual o profissional de logística atua.
Área em crescimentoA logística vem evoluindo bastante, sobretudo na iniciativa privada, por meio da aplicação dos conceitos técnicos aliados aos avanços da tecnologia da informação. “Contudo, o Brasil apresenta uma situação bastante defasada e carente em nível de infraestrutura, o que encarece muito os produtos finais”, pontua Alex.
O resultado pesa no bolso – e na paciência – de quem compra de fora. “Nós possuímos uma das maiores cargas tributárias encontradas atualmente”, frisa o professor Rafael. De acordo com Alex, impostos existem em qualquer lugar, acontece que, no Brasil, eles são cumulativos, em cascata, e incidem sobre a mesma base, o que não ocorre em outros países.
Aqui, a situação se repete em diferentes públicos. “O consumidor final compra, porque adquire produtos diferenciados a um custo menor que no Brasil. Já na indústria, há uma série de questões, tais como as políticas de compras das transnacionais, o problema da falta de oferta, os custos dos insumos mais baixos no exterior e, em alguns casos, a melhor qualidade de alguns itens”, explica Alex.
Ainda assim, vale a pena investir na logística? Tudo indica que sim. “Há uma demanda crescente para essa área, e existe mais oportunidade do que especialista”, defende o professor Rafael. “As organizações estão sempre buscando gente qualificada e capacitada.”
Outra qualidade valorizada pelo mercado consiste na propensão ao aumento da competitividade corporativa. “A ideia é criar um valor superior para as organizações por meio de serviços superiores”, esclarece Alex. Só que, para fazer a empresa crescer, o profissional precisa, antes de tudo, investir em si próprio.
Na hora de contratar, a instituição busca alguém que domine os fundamentos da logística de forma sistêmica, compreendendo as inter-relações e a interdependência inerentes à cadeia de suprimentos. “O candidato precisa de sólida formação instrumental para o desenvolvimento de soluções, bons conhecimentos de gestão para planejar, organizar, dirigir e controlar a ação logística”, pontua Rafael. “Além de ser dinâmico e ter postura proativa e ética.”
Por fim, falar outra língua, principalmente inglês, é essencial. Lembrando que “o salário é definido pela qualificação profissional”, como afirma o professor Rafael. “Conhecimento técnico, idioma, cursos de qualificação, tempo de atuação na área e empresas por onde já passou definem a perspectiva financeira na carreira.”

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