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segunda-feira, 28 de julho de 2014

ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA LOGWEB EDIÇÃO Nº 1

Tradicional matéria da revista Logweb – foi publicada já na edição número 1 – esta abordagem tem servido de base para os profissionais que atuam e que estão ingressando agora no mercado de logística.

A cada ano buscamos, através desta matéria especial sobre os profissionais de logística, mostrar o que acontece no setor, fazendo uma radiografia das exigências impostas e das novas situações enfrentadas pelos profissionais. Nesta edição em particular, os entrevistados enfocam as novas exigências de mercado – considerando um período de um ano –, os motivos destas novas exigências e quais as novas atividades exercidas pelo profissional de logística, e que não eram exigidas anteriormente. Acompanhe a seguir o que pensam alguns dos profissionais que, por sua vez, estão envolvidos na formação de novos profissionais ou no aperfeiçoamento dos que já atuam no setor.

Novas atividades exercidas pelo profissional de logística

- Acompanhamento de custos logísticos para melhoria dos trade offs logísticos
- Logística enxuta, objetivando redução cada vez mais expressivas nos processos
- Atuação na área de Tecnologia da Informação, no desenvolvimento de análise de processos, fluxos e rotinas para implementação de sistemas
- Uso da Tecnologia da Informação (TI), principalmente dentro dos setores produtivos, deixando de ser exclusividade das atividades relacionadas à prestação de serviços (como transportes, armazenagem, atendimento ao cliente, etc.)
- Consultorias em processos de SMC que dão apoio às atividades logísticas
- Dedicação a projetos diversos, que não fazem parte da rotina diária, à gestão de terceiros (provedores logísticos) e a uma melhor administração dos estoques
- Preocupação com o meio ambiente e como este fator será tratado no sistema produtivo da empresa
- Participação na estratégia da empresa no que se refere a lançamento de produtos/serviços visando identificar como operacionalizar a logística dos mesmos. Isto vale também para novas formas de apresentação dos produtos, no que se refere ao tipo de embalagem
- Avaliar a localização de fornecedores, clientes e Centros de Distribuição em função de questões de custos de movimentação, mão-de-obra e, principalmente, tributos
- Participar das reuniões de Vendas e Operações (S&Op)
- Participar das estratégias promocionais da organização, visando dar suporte às mesmas quanto à reposição de produtos nas lojas, negociações de compras específicas para este evento

“As exigências cada vez são maiores, e vão desde a formação específica na área até outras formações para complementar o perfil desejado ao mercado. Vejo que o mercado quer um perfil dinâmico e que absorva, de maneira instantânea, as rápidas mudanças tecnológicas, sociais, culturais, mercadológicas, econômicas e políticas. Um perfil flexível e detentor de novos conhecimentos, principalmente nas questões de soluções que envolvam tecnologia e redução de custos ambientais e financeiros, e que atenda às mudanças rápidas do mercado globalizado e a exigência do mercado consumidor, cada vez mais sedento por novos produtos e serviços. Há uma descartabilidade muito grande no consumo e isso pede novas soluções e uma rápida resposta por parte das empresas aos consumidores. A logística tem as suas funções tradicionais, mas vejo um crescimento na área de tecnologia, no planejamento por infra-estrutura logística, logística industrial voltada aos processos produtivos, logística portuária e logística reversa.” Dalva Santana, consultora na área de logística e professora de Logística Reversa da Universidade Luterana do Brasil, em Canoas, RS

“Neste mercado cada vez mais dinâmico e competitivo, as empresas desejam profissionais com qualificações que lhes possibilitem executar as tarefas para as quais foram contratados com eficiência, rapidez e qualidade. As empresas que buscam melhorar sua competitividade, reduzindo seu ciclo do pedido à entrega, consideram a administração da cadeia de abastecimento para ajudá-la a alcançar esta meta. Como a Supply Chain Management abrange todos os processos envolvidos na produção e entrega de um produto ao consumidor, oferece a oportunidade de identificar restrições que podem tornar algumas destas atividades lentas ao longo da cadeia. As empresas buscam não somente um profissional de logística, mas talentos, pessoas que possuam conhecimento para bom desenvolvimento de suas atividades. Muitas empresas vêm se queixando de que o profissional muitas vezes não chega preparado para exercer a função para a qual foi contratado e o quanto está difícil se conseguir bons profissionais neste mercado de trabalho. O dinamismo do mundo atual faz com que as pessoas tenham que se adaptar rapidamente às mudanças que, diga-se de passagem, ocorrem, cada vez, de forma mais veloz. O profissional de logística deve ser hoje um especialista na área em que escolheu atuar dentro do SCM para, assim, melhorar a competitividade da empresa, reduzindo seu ciclo do pedido à entrega, utilizando as ferramentas do SCM e práticas que aumentem o valor agregado. Hoje não basta ter um conhecimento superficial, mas, sim, um conhecimento mais abrangente que lhe permita analisar, planejar, implementar e inovar processos. Quanto aos motivos destas novas exigências, pode-se dizer que é pelo fato de a logística não ser, hoje, um diferencial, mas, sim, uma necessidade que garante às empresas melhor performance em seus processos. Muitos profissionais vêm procurando aprender um pouco mais sobre as principais atividades e ferramentas que fazem parte do processo logístico. As informações que faziam parte somente para os profissionais de logística, hoje fazem parte do entendimento de profissionais das mais variadas áreas. Há aproximadamente 5 anos, os processos logísticos eram desenvolvidos por profissionais das áreas de administração de empresas, engenharia e informática. Tudo isto por conta da carência de escolas, faculdades e cursos de pós-graduação em logística.

O quadro mudou e os cursos oferecidos na área de logística aumentaram significativamente, formando um número maior de profissionais. A demanda por profissionais multifuncionais, com capacidade para conversar e interagir com os diversos setores de uma empresa, tais como fiscal, compras, comercial e vendas, só tende a aumentar. A empresa terá nesse profissional uma reserva de tecnologia, agregação de novidades no processo e maior lucro nas operações com a diminuição dos gargalos logísticos, gerando melhor performance nos processos.” Amarildo de Souza Nogueira, diretor de desenvolvimento da Mega Inovação Treinamento e Consultoria, de Santo André, SP, e coordenador do curso de Tecnologia em Logística da Faculdade Anchieta, em São Bernardo do Campo, SP

“O profissional de logística que busca um perfil adequado para as exigências do mercado encontrou neste último ano pelo menos dois novos desafios e que estão intrinsecamente ligados ao desempenho de sua profissão e para os quais terá que, necessariamente, desenvolver competências. São eles: a legislação ambiental e o enfoque estratégico das redes de cooperação entre as empresas. Os motivos destas exigências extrapolam os limites da tomada de decisão da empresa, são fatores de contingência externa. A responsabilidade ambiental para as organizações é imposta por força da legislação.

O enfoque estratégico das organizações em rede surge como uma alternativa para competitividade na cadeia logística. Ao profissional de logística cabe incluir em seu rol novas atividades, que dizem respeito à logística reversa e à criação da cadeia de valor na cadeia logística. O tradicional tripé formado por agilidade, qualidade e custo passou a contar com um quarto elemento, que está relacionado ao destino final dos dejetos após o consumo dos produtos. A competitividade da organização está em agir adequadamente também neste quarto elemento. Desta forma, conhecimentos sólidos nas atividades de logística reversa podem dar ao profissional um importante diferencial no trato da questão ambiental imposta às organizações. Ainda relativo à competitividade, cabe ressaltar a necessidade de conhecimentos estratégicos relacionados às redes de cooperação entre empresas. Tais redes visam agregar valor ao produto disponibilizado ao consumidor, pois está claro que neste novo enfoque, a competição não está mais entre empresas, mas, sim, entre cadeias produtivas. Conhecimentos e habilidades para formar parcerias ao longo de uma cadeia logística, sem dúvida, farão diferencial ao profissional de logística na construção da cadeia de valor para sua organização.” Adelar Markoski, professor da disciplina de Logística dos cursos de Especialização da URI (Frederico Westphalen, RS), UNOESC (São Miguel do Oeste e Xanxere, SC), UNOCHAPECÓ (Chapecó, SC),e IMED (Passo Fundo, RS)

“Como profissional de logística, oriento algumas empresas na contratação de profissionais para seus quadros e percebo que o mercado vem buscando profissionais de logística cada vez mais qualificados, pois esta área vem ganhando importância na estratégias das empresas. Dentre as competências que são solicitadas a estes profissionais, podemos destacar: boa formação acadêmica (cursos de graduação, especialização e mestrado); habilidades de negociação; raciocínio lógico e matemático; busca por melhorias nos processos e redução de custos; conhecimento tributário; visão sistêmica (todas as interfaces entre os elos da cadeia produtiva); conhecimento do negócio em que atua (local e internacional); facilidade de comunicação, trabalho em equipe e liderança; conhecimento de sistemas de informação que suportem a tomada de decisão; e conhecimento de soluções tecnológicas que possibilitem uma melhor visibilidade da cadeia de suprimentos como um todo. Claro que, dependendo do nível de complexidade da função e do nível de senioridade do profissional que a empresa está buscando, estas competências são mais ou menos exigidas. Com relação aos motivos destas novas exigências, pode-se dizer que as questões logísticas estão ganhando espaço nas organizações e passam a ser consideradas como um diferencial competitivo (em termos de otimização de custos e elevação de nível de serviço). Sendo assim, os profissionais de logística precisam estar atentos a este novo cenário que se apresenta. Destaco algumas tendências que venho observando e que considero importantes a serem observadas pelos profissionais de logística, a saber: o consumidor está mais exigente com relação à qualidade dos produtos/serviços, bem como com as questões relacionadas a custo de aquisição e entrega no momento desejado; as empresas enfrentam uma maior concorrência, seja esta local ou internacional, o que gera um maior leque de ofertas para o consumidor; os avanços tecnológicos possibilitam compras on-line, acompanhamento de pedidos e rastreamento da carga e, com isso, os consumidores aumentam suas expectativas com relação aos serviços logísticos; cresce o consumo por parte da população das Classes C e D, o que gera um aquecimento no mercado, fazendo com que indústrias, fornecedores, distribuidores e transportadores tenham que ser mais eficientes em suas atividades, o que gera impactos em todos os elos da cadeia logística; cresce a tendência de terceirização de operações logísticas (armazenagem e contratação de transporte, entre outras); e tendência dos consumidores e empresas buscarem ter menos estoque faz com que cresça a importância de sistemas de previsão de vendas, gestão de estoques e reposição eficiente.” Hélio Meirim, consultor da HRM Logística, do Rio de Janeiro, RJ, e professor universitário

“Em se tratando de novas exigências de mercado para os profissionais de logística, eles passarem a cursar programas de mestrado ou MBA da área de logística e Supply Chain. Com o surgimento de tais cursos, o mercado passa a incorporar esta exigência para empregabilidade. Em se tratando de novas atividades exercidas pelo profissional de logística, pode-se dizer que o conceito tradicional de logística se alargou com o desenvolvimento do tema Gestão da Cadeia de Suprimentos. Segundo o SCOR MODEL (Supply Chain Operations Reference Model), estão incluídas em SCM as seguintes áreas: planejamento, aquisições, produção, distribuição e retornos. Desta forma, muitas empresas estão passando por reformulações, inclusive em suas estruturas organizacionais, incorporando todas estas áreas sob o comando de um único gestor.” Cezar Sucupira, diretor da Cezarsucupira Educação e Consultoria, em Niterói, Rj

“A demanda por profissionais especializados na área de logística cresce a cada dia no país e, como conseqüência, a conjunção de novas exigências, aliada a um ‘vácuo’ de formação, gera carência de pessoal capacitado neste segmento. Por tratar-se de uma profissão moderna, novas exigências surgem a cada dia e, neste caminhar, para este profissional surge a necessidade de uma capacidade rápida de atualização, uma visão holística do negócio e o domínio de ferramentas de otimização de processos. Não se pode esquecer que até pouco tempo atrás não sabíamos sequer o que era logística e, como toda profissão nova, sua evolução ocorre a uma velocidade consideravelmente maior que aquelas que já possuem um perfil profissional consolidado. O segmento logístico exige profissionais multifacetados que aliem conhecimentos das áreas de gestão (orçamento, planejamento estratégico, gestão de pessoas, etc.), otimização (pesquisa operacional e modelagem de processos) e logística propriamente dita (estoques, transportes, distribuição física, etc.). Esta concentração de conhecimento obriga, dia após dia, que o profissional da área busque constantemente sua atualização. Uma vez percebida pelo mercado a importância da atividade do profissional de logística na composição dos custos de operação, ele passou a ser considerado como imprescindível na medida em que no escopo do processo de agregação de valor permite gerar vantagem competitiva e, conseqüentemente, lucro para a organização. As novas atividades exercidas por este profissional estão no campo da gestão, pois anteriormente, por não ocupar funções de alta gerência, este cabedal de conhecimento não lhe era exigido. Até que a profissão alcance um ‘perfil maduro’, as organizações terão que investir um volume considerável na qualificação dos seus profissionais de logística, ou seja, por certo tempo haverá um investimento considerável e intangível no segmento.” José Cláudio de Souza Lima, coordenador do curso de bacharelado em Logística do Centro Universitário Augusto Motta, no Rio de Janeiro, RJ

“A grande novidade que vem despontando nos últimos anos no cenário logístico é a aplicação das novas tecnologias da comunicação. Essas tecnologias têm permitido que a gestão possa ser melhor realizada à distância, o que, para o ambiente logístico, sempre foi, historicamente, um enorme desafio. Como exemplos, podemos citar um motorista que trafega pelas avenidas e rodovias sem a presença física de seu supervisor ou gerente. Outro exemplo seria a gestão de um armazém de médio porte. Neste ambiente é impossível garantir a permanência de um encarregado ou supervisor em tempo integral olho a olho com cada carregador, separador ou conferente. Atualmente, as tecnologias de comunicação, como o rastreamento via satélite (GPS), a comunicação via sinal de rádio, as etiquetas inteligentes (RFID) e as novas gerações de celular com tecnologia 3G, entre outras, têm permitido uma maior aproximação dos funcionários da operação com suas respectivas supervisões e gerências. Isso melhora significativamente o desempenho logístico, permitindo correções em tempo real. O profissional de logística deve estar sintonizado com essas novas tecnologias, precisa saber como operá-las e entender todas as suas potencialidades.” Leonardo de Oliveira Pontual, professor da Faculdade Integrada do Recife – FIR e diretor do La Plage Comércio, no Recife, PE

“As novas exigências compreendem conhecimentos de estatística e pesquisa operacional, bem como uma visão consistente de custos, matemática financeira e análise de investimentos. Também é importante um aporte técnico em Projetos Logísticos, envolvendo técnicas e conceitos para desenho e dimensionamento de novas operações. Por fim, os profissionais da área precisarão investir no aprimoramento da gestão de projetos diversos. Dada a limitação das economias futuras com o frete, as empresas precisarão buscar novas oportunidades de ganhos, principalmente com a redução de estoques e a otimização da infra-estrutura existente. Também, em função do crescimento planejado para os próximos anos, será imprescindível elaborar um Plano Diretor de Logística, contemplando novos investimentos em Centros de Distribuição, reavaliação de níveis de serviço, mudança de parceiros logísticos, etc. Os próximos anos também envolverão aplicação de novas ferramentas, como sistemas WMS, roteirizadores e TMS, daí a necessidade da competência em gestão de projetos.” Marco Antonio Oliveira Neves, diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística, de São Paulo, SP

“O mercado exige e exigirá profissionais focados no aumento da produtividade – ou minimização do desperdício. Na indústria, o profissional de logística (Supply Chain) já começa a assumir a área industrial, tornando-se, então, o responsável por comprar, fabricar e entregar aquilo que o mercado deseja. No comércio, o profissional de logística será o responsável por encantar o cliente com o atendimento na hora combinada e com baixo custo. Nos serviços, terá que fazer cada vez mais com menos. Ou seja, o profissional de logística era responsável ‘apenas’ pelo ciclo de material de entrada, até a produção, e de saída até o cliente. Hoje, a tendência mostra que ele assumirá a necessidade do cliente desde a matéria-prima até a entrega ao mesmo. Isto porque o mercado está cada vez mais rápido, os custos estão subindo no mundo inteiro com a inflação e os clientes exigindo cada vez mais agilidade.” Milton Bulach, consultor autônomo de gestão instalado em Valinhos, SP

“De um ano para cá, com exceção da possível crise da economia norte-americana que, se confirmada, apresentará conseqüências no mundo todo, praticamente nada aconteceu que suscite novas exigências do profissional de logística. Em outras palavras, as exigências são praticamente as mesmas da última década, que foram motivadas pela globalização – e conseqüente aumento da concorrência –, pela massificação da Tecnologia da Informação e pelas novas exigências dos consumidores, que desejam cada vez mais produtos de melhor qualidade e preços cada vez mais acessíveis. Basicamente, os motivos destas novas exigências podem ser resumidos em dois: garantir a existência, competitividade e longevidade das empresas e atender ao cliente nas condições que ele exige ou deseja, sem comprometer a lucratividade das mesmas. Com relação às novas exigências, o profissional de logística deve entender, além das exigências tradicionais da função (que passam pelo planejamento, gestão, implantação e operação de transportes, armazenagem e processamento de pedidos e informações), os conceitos de estratégia (a teoria de Porter, entre outros, é sempre desejável que todos os executivos, seja da área de logística ou não, conheçam, mas, até pouco tempo atrás, esse assunto era exclusividade do board das empresas, que pouco ou nada entendia de logística), qualidade (ou Nível de Serviço, quando se fala de logística) e marketing. Uma prática muito freqüente nas empresas world class, que foi implantada pela Toyota e difundida no mundo todo nas últimas duas décadas – a lean manufacturing (ou lean production ou ainda produção enxuta) – que visa detectar e eliminar todas as perdas e desperdícios em seus processos de manufatura, reduzindo custos e/ou maximizando os lucros, está começando a ser empregada nos processos logísticos, dando origem à lean logístics (ou logística enxuta). Além disso, podem ser citados também os conceitos de SCM – Supply Chain Management, que passam por viabilizar e integrar as agile enterprises (ou empresas virtuais), através da aplicação das técnicas de outsourcing ou, em maior escala, de globalsourcing. É essencial que o novo profissional de logística possua competências técnicas e habilidades (comportamentais e motivacionais) que facilitem e permitam implantar nas empresas essas novas práticas e conceitos, fundamentais para atender satisfatoriamente aos seus clientes e garantir a competitividade de suas empresas.” Manuel J. Lucas, professor da área de logística, engenheiro mecânico e mestre em engenharia de transportes e logística. Atua na Faculdade de Tecnologia de Jahu – FATEC-Jahu

“O mercado hoje exige profissionais que estejam engajados com o projeto da empresa e que sejam empreendedores na busca pela inovação de processos, criando soluções para os problemas da empresa. Além disso, o profissional necessita cada vez mais buscar novos conhecimentos. Esta primeira década do século XXI está marcada por um novo capitalismo, que se baseia nas capacidades potenciais e nas habilidades reais do indivíduo. Quanto mais informação e maior a capacitação deste profissional, maiores serão suas chances de colocação. Associado a isto, tem-se como um dos fatores fundamentais do profissional de logística a sua capacidade de reduzir custos, eliminar desperdícios ao longo de toda a cadeia de suprimentos, assim como promover melhorias contínuas e, desta forma, agregar valor à empresa. Os motivos destas novas exigências estão relacionados com as novas exigências competitivas, como redução de custos, melhor aproveitamento dos recursos disponíveis, maior exigência de qualidade dos produtos e rápida resposta de produção e entrega. Antes o funcionário era apenas uma peça estática e sem vida dentro de uma grande engrenagem chamada empresa, hoje ele torna-se responsável por atividades que são diferenciadas para auferir lucros, reduzir custos, melhorar os processos produtivos e, também, satisfazer e agregar valor para o cliente.” Marcos Vinícius Guterres Ibias, professor e coordenador do curso de Logística da Unidade de Ensino São Lucas/ULBRA, em Sapucaia do Sul, RS

“Creio que a maior exigência continua sendo diagnosticar e entender muito bem o papel que a empresa e/ou o negócio desempenham nas cadeias de suprimentos em que atua e, assim, poder oferecer mais valor a um menor custo aos clientes. O mercado exige cada vez mais um profissional com visão holística do negócio, um profissional capaz de identificar e desenvolver novas e inovadoras soluções para uma área cheia de desafios e oportunidades. No geral, espera-se que fundamentalmente o profissional tenha uma visão ampla do negócio e que possa prover a empresa de soluções bem fundamentadas e que proporcionem o retorno esperado. Nesse aspecto, um conhecimento básico do ‘ferramental analítico’ (métodos e softwares analíticos, métodos de diagnósticos, modelos de referências, etc.) existente hoje no mercado passa a ser uma grande competência diferenciadora do profissional. Fazer um bom curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado e até doutorado) na área também tende a tornar um elemento qualificador do profissional.” Sílvio R. I. Pires, professor titular na UNIMEP, em Piracicaba, SP, e na FGV Management, no Rio de Janeiro, RJ

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